sábado, fevereiro 28

Kilômetros de tempo, xícaras vazias, árvores sem copa, fios de diálogo dispersos:eram o que nos separavam. O tempo agora é novo, os copos adoram os tin-tins, os sorrisos bem prontos no peito, as estampas falam tudo. Bem-vindo, querido amigo!

segunda-feira, fevereiro 23

ELa amarrou as sapatinhas levemente apertadas no pé, prendeu os grampos no topo da cabeça com mechas brancas de tempo , puxou dois fios pretos nos olhos e foi rodar contente pelas avenidas.

terça-feira, fevereiro 17








Esse é um projeto proposto por Vanessa do blog www.fio-de-ariadne.blogspot.com

Aqui vai o meu livro preferido:
Uma escrita espetacular e profunda. Descreve a vida de um jovem que vive entre os delírios do pai que acredita ser um pássaro, uma paixão platônica e a vida cotidiana. Um livro fantástico e pouco conhecido!

segunda-feira, fevereiro 16

Pequenos homenzinhos organizando os fios da vida embaixo da terra. Em dia de bom humor: abrem os portões vermelhos e acendem as luzes do mundo. Ontem dançavam contentes em ritmos alegres, nas batucadas dos palitos de fósforos. Para acalmá-los basta deixar leves doses de amora silvestre na grama do jardim ou dizer sussurrando a palavra marmelada. Eles adoram!

quinta-feira, fevereiro 12

Aquela mulher vestida de esperança
na terceira fila da vida
naquele banco do tempo
que olha tanto para fora:
está renascendo.

segunda-feira, fevereiro 9

chove seco na grama suada: espero.
quem sabe chega, quem sabe não chega?

quinta-feira, fevereiro 5

As pessoas poderiam perceber que por trás daquelas nuvens, brancas e meigas, um horizonte vermelho repousa seus pensamentos. MAs as pessoas preferem abotoar bem firmemente os pregos da camisa e ter todas as respostas do mundo na ponta da língua. O horizonte aguarda com os braços abertos que as pessoas se aproximem para um abraço do tempo, será que elas vêm?

segunda-feira, fevereiro 2

Duas ilhas isoladas. Próximas, radiantes e belas. Uma era grande e abastada, com bananeiras contentes, mas só. A outra era menor, porém igualmente colorida e rica em emoções. Elas sonhavam em se juntar e assim não ficarem mais sós. A grande achava que a pequena quem deveria se aproximar, afinal tinha mais coisas para oferecer. A pequena achava que a maior por ser mais forte, tomaria a frente. Desconfiadas e amarguradas fecharam-se em si mesmas, cada qual com sua beleza. E viveram sozinhas para seempre.